Este carrinho foi feito com a base de baralho, não deu certo pela carta ser fragil e rasgar
quinta-feira, 14 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
Primeira reunião- Carrinho de bexiga
Nossa primeira reunião foi produtiva. Construímos um carrinho usando diferentes tipos de materiais. O carrinho foi feito com uma superfície de isopor com rodas de plastico, mas infelizmente não deu muito certo.
Está é a primeira foto do nosso primeiro carrinho:
domingo, 3 de março de 2013
César Lattes
Cesare Mansueto Giulio Lattes, mais conhecido como César Lattes, nascido em 11 de Julho de 1924 em Curitiba, faleceu em 8 de Março de 2005 em Campinas.
César nasceu em Curitiba e iniciou os seus primeiros estudos
naquela cidade e em São Paulo, graduou-se na Universidade de São Paulo e se
formou em 1943, em matemática e física.
Lattes fazia parte de um grupo inicial de brilhantes jovens
físicos brasileiros que foram trabalhar com professores europeus como Gleb
Wataghin e Giuseppe Occhialini. Lattes foi considerado o mais brilhante destes
e foi descoberto, ainda muito jovem, como um pesquisador de campo. Seus
colegas, que também se tornaram notáveis cientistas brasileiros, foram Oscar
Sala, Mário Schenberg,Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos e Jayme
Tiomno. Com 23 anos de idade foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro.
De 1947 a 1948, Lattes começou a sua principal linha de
pesquisa, o estudo dos raios cósmicos, descobertos em 1932 pelo físico
estadunidense Carl David Anderson. Montou um laboratório a mais de 5.000 metros
de altitude em Chacaltaya uma montanha dos Andes, na Bolívia, empregando chapas
fotográficas para registrar os raios cósmicos.
Viajou para a Inglaterra com seu professor Occhialini, onde
foi trabalhar no H. H. Wills Laboratory da Universidade de Bristol, dirigido por
Cecil Frank Powell. Após melhorar uma nova emulsão nuclear usada por Powell,
pedindo à Kodak Co. para adicionar mais boro a ela, em 1947, realizou com eles
uma grande descoberta experimental, de uma nova partícula atômica, o méson
pion, a qual desintegra em um novo tipo de partícula, o méson muon. Foi uma
grande reviravolta na ciência. Era aceito até então que os átomos eram formados
por somente 3 tipos de sub-partículas ou partículas elementares (prótons,
nêutrons e elétrons). Alguns cientistas contestaram os resultados, mas o apoio
do dinamarquês Niels Bohr, um dos maiores físicos da época, pesou na aceitação
da novidade, que daria início a uma nova área de pesquisa, a física de
partículas.
O jovem impetuoso Lattes começou então a escrever um trabalho
para a revista Nature, sem se preocupar com o consentimento de Powell. Publicou
então "Processes involving charged mesons", com Muirhead, Occhialini
e Powell. No mesmo ano, foi responsável pelo cálculo da massa da nova
partícula, em um meticuloso trabalho. Um ano depois, trabalhando com Eugene
Gardner na Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, Lattes
detectou a produção artificial de partículas píon no ciclotron do laboratório,
pelo bombardeio de átomos de carbono com partículas alfa. Tinha então 24 anos
de idade.
Em 1949, Lattes retornou como professor e pesquisador na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas (CBPF). Depois de outra breve estada nos Estados Unidos (de
1955 a 1957), voltou para o Brasil e aceitou uma posição na sua alma mater, o
Departamento de Física da Universidade de São Paulo (USP). Também nesse ano,
Lattes ingressou na Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Depois de ter-se mudado para Campinas, em 1963, ajudando a
fundar o Instituto de Física. Em 1967, Lattes aceitou a posição de professor
titular no novo Instituto "Gleb Wataghin" de Física na Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), nome que se originou de seu professor fundador,
o qual ele também ajudou a fundar. Ele também se tornou diretor do Departamento
de Raios Cósmicos, Altas Energias e Léptons. Em 1969, ele e seu grupo
descobriram a massa das co-denominadas bolas de fogo, um fenômeno espontâneo
que ocorre durante colisões de altas-energias, e os quais tinham sido
detectados pela utilização de chapas de emulsão fotográfica nucleares
inventadas por ele, e colocadas no pico de Chacaltaya nos Andes Bolivianos.
Lattes aposentou-se em 1986, quando recebeu o título de
doutor honoris causa e professor emérito pela Universidade de Campinas. Mesmo
aposentado continuou a viver em uma casa no distrito próximo ao campus da
universidade. Morreu de ataque cardíaco em março de 2005.
Lattes é um dos mais distintos e condecorados físicos
brasileiros, e seu trabalho foi fundamental no desenvolvimento da física
atômica. Também foi um líder científico dos físicos brasileiros e foi uma das
principais personalidades por trás da criação de várias instituições
importantes, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). Ele figura como um dos poucos brasileiros na Biographical Encyclopedia
of Science and Technology de Isaac Asimov, como também na Enciclopédia
Britânica. Embora tenha sido o principal pesquisador e primeiro autor do
histórico artigo da Nature, descrevendo o méson pi, Cecil Powell foi o único
agraciado com o Nobel de Física em 1950, pelo seu desenvolvimento de um método
fotográfico de estudo dos processos nucleares e sua descoberta que levou ao
descobrimento dos mésons. A razão para esta aparente negligência é a política
do Comitê do Nobel, que até 1960 era de premiar somente o líder do grupo de
pesquisa.
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